Viagem ao centro da Terra

Uma viagem da estratosfera até o núcleo terrestre

Recentemente aqui no nRT, simulamos uma longa e extenuante viagem à Marte, destacando alguns pontos turísticos marcantes no caminho. Mas ir para o espaço parece uma tarefa extremamente simples em comparação a viajar no sentido contrário.

Parece que nunca faltará trabalho para a paleontologia e arqueologia. Restos de civilizações antigas e respostas para questões evolucionistas e históricas só foram preservados porque não foram encontrados e revendidos no mercado livre. Há infinitos tesouros debaixo de nós, como o dito trem de ouro nazista, uma suposta comitiva alemã que estaria repleta de ouro, diamantes e peças de arte valiosas como tapeçarias e quadros que teriam sido tomadas de seus antigos donos, vítimas do genocídio da Segunda Guerra e que estaria enterrado em algum lugar da Polônia. [1]eu mencionei a respeito disso neste artigo da SuperInteressante. Na ocasião eu tinha visitado cidades subterrâneas que os nazistas estavam construindo na Polônia, afinal eles também sabiam que debaixo da terra é mais difícil ser pego.

Se mudarmos do ambiente terrestre para o aquático, o nosso conhecimento não melhora muito não… Dados (meio sensacionalistas) do NOAA [2]http://www.noaa.gov/oceans-coasts apontam que 95% de tudo que está abaixo d’água continua inexplorado[3]vamos lá: essa estatística soa meio absurda e exagerada. Todo o espaço dos oceanos já foi mapeado, mas numa resolução média de 5km. É como se tivéssemos um Google Maps, aonde cada pixel abrangesse 5km: ele não seria muito útil..
E tudo isso sem sair da crosta terrestre, que é definitivamente a parte mais interessante desta bolota azul que fica flutuando no Sistema Solar. Abaixo da crosta, as coisas ficam bem mais enfadonhas e tediosas, mas suas dimensões são tão absurdas que fica meio difícil de imaginar.

É um problema da percepção humana: não somos bons em dimensionar coisas que são extremamente gigantescas ou ridiculamente minúsculas. Por isso o problema em imaginarmos o tamanho de um átomo ou a distância até Júpiter.

Para ajudar a dar uma melhor percepção, o nRT criou um novo experimento informático-artístico-científico. Uma viagem da estratosfera ao centro terrestre usando somente a barra de rolagem do seu navegador. Cada pixel corresponde a um metro e nesse caminho, há algumas paradas para curiosidades e baboseiras – o conteúdo típico que você encontraria por aqui. São mais de 6.388.000 pixels, equivalente a um metro cada, partindo da estratosfera até o ponto mais profundo do núcleo terrestre.

O experimento é resultado de diversos meses de trabalho, incessantes pesquisas, gambiarras absurdas de CSS, desenhos preguiçosos no cu da madrugada. Assim como todo o resto deste blog, imagino que diversos erros podem vir a ser encontrados – e eles vão dar um pouco mais de trabalho para serem corrigidos, dada a natureza da obra realizada. Mas é possível alterá-la e expandi-la, quem sabe eu volte a colocar coisa conforme a humanidade for fazendo descobertas ou afundando submarinos.

O projeto também está com o código fonte aberto aqui no meu github e aceitando contribuições. O projeto é melhor visualizado no computador ou tablet (fora do celular), já que ele precisou ser apertado pra caber numa telinha.

Tal qual a obra de Jules Verne publicada em 1864, esta também lhe convida a uma viagem ao centro da terra, bem mais curta e menos emocionante, mas ainda assim, é o texto mais profundo que você vai encontrar neste blog.

CLIQUE AQUI e boa viagem. =)

Fontes e referências

Fontes e referências
1 eu mencionei a respeito disso neste artigo da SuperInteressante. Na ocasião eu tinha visitado cidades subterrâneas que os nazistas estavam construindo na Polônia, afinal eles também sabiam que debaixo da terra é mais difícil ser pego.
2 http://www.noaa.gov/oceans-coasts
3 vamos lá: essa estatística soa meio absurda e exagerada. Todo o espaço dos oceanos já foi mapeado, mas numa resolução média de 5km. É como se tivéssemos um Google Maps, aonde cada pixel abrangesse 5km: ele não seria muito útil.