Telegrama Legal

As mensagens que a humanidade mandou para o espaço

Em 17 de abril deste ano (para referências futuras: estamos em 2021 – ou presos em março de 2020, ainda não consigo apurar com clareza), a sonda New Horizons atingiu a distância de 50 AU da Terra. AU é uma unidade de medida astronômica (AU = astronomical unit) cujo propósito é medir grandezas gigantescas, como distâncias espaciais ou o tamanho das pernas da Camilla de Lucas. 01 AU é a distância média da Terra ao Sol, o equivalente a 149.597.870.700 metros (ou 3.561.854 maratonas).

Lançada em 19 de janeiro de 2006, a sonda foi o quinto objeto construído pelo homem a atingir a marca – e também a quinta sonda lançada aqui da Terra com capacidade de deixar o Sistema Solar e atingir os confins inexplorados do Universo. Não que ficar confinado ao nosso Sistema Solar seja um problema de espaço: se o Sol fosse do tamanho de um grão de areia, o sistema solar ocuparia uma área equivalente à sua mão. E ele é apenas uma de várias estrelas que compõem a via láctea. Se o sistema solar fosse do tamanho de sua mão, a via láctea seria um pouco maior do que o Brasil[1]https://nightsky.jpl.nasa.gov/news-display.cfm?News_ID=573. A via láctea nem é a maior das bilhões de galáxias que fazem parte do Universo. Tem coisa pra cacete pra explorar lá fora.

Com tanto Universo e tanto espaço, as chances da New Horizons esbarrar em alguém são quase nulas. Não que esse seja o objetivo dela: ela vai passar pelo cinturão de Kuiper e sobrevoar (o agora ex-planeta) Plutão. Por conta disso, como uma última homenagem, a sonda carrega as cinzas do astrônomo Clyde W. Tombaugh, que descobriu Plutão em 1930[2]curiosidade: desde que foi descoberto, Plutão ainda não conseguiu terminar uma volta sequer em torno do Sol. Deixa ele, coitado, cada um vai no seu tempo.. Ela também leva um pequeno pedaço do foguete SpaceShipOne; um CD com imagens do time que trabalhou no projeto e outro CD com 434 mil nomes de pessoas sem pendências no Serasa que acharam legal mandar suas alcunhas para o espaço; duas moedas de 25 cents; duas bandeiras dos Estados-Unidos; e um selo de 1991 com os dizeres “Pluto: not yet explored”.

hey, pluto!

Dado esse monte de tralha inútil, se a sonda for hipoteticamente interceptada por seres alienígenas, nada do seu conteúdo será aproveitado: com a eventual inflação, as moedas de 25 centavos só vão se desvalorizar, dificilmente o selo seria aceito pelos correios mais próximos e tal qual usuários da Apple, alienígenas também não devem ter nenhum aparato capaz de ler CDs.

Se parece o desperdício de um bom mensageiro, realmente é. As outras quatro sondas com capacidade de deixar nosso sistema solar enviaram mensagens muito mais úteis para o inexplorado mundo lá fora. A NASA dá passos para trás em comunicação espacial se comparado com o trabalho que ela fez na década de 70 com a imprescindível ajuda de um dos mais conhecidos e amados astrônomos que já existiram: Carl Sagan.

Figurinha de Zap

Nascido em 1934 em New York, filho de um imigrante soviético com uma dona de casa americana, Sagan foi o homem que explicava o espaço bem no auge da era espacial. Ele foi o primeiro grande divulgador científico quando Atila Iamarino ainda nem sonhava em existir. A série Cosmos colocou Carl Sagan como arauto da sabedoria e ele passou a receber infindáveis cartas e até telefonemas com todo tipo de mensagem de todo tipo de maluco, em especial grupos cristãos que criticavam-no pelo seu ateísmo ou pela insistência dele em defender teorias absurdas como a de que o homem e os macacos descendem de um ancestral comum. O culto à celebridade de Sagan pode ser comparável ao astrofísico que herdou a série Cosmos recentemente: Neil deGrasse Tyson, que aos 17 anos conheceu Sagan, professor da Universidade de Cornell na época.

Mesmo antes de ter seu próprio programa de TV, Carl Sagan já tinha certa fama: ele participou de diversas atividades com a NASA. Uma delas foi no lançamento das sondas Pioneer 10 e Pioneer 11, nos anos de 1972 e 1973. Sagan que tinha a comunicação com seres alienígenas como um grande foco de seus estudos, foi contactado pelo jornalista Eric Burgess sobre a possibilidade de usar as sondas para mandar uma mensagem aqui da Terra: como era a primeira vez que a humanidade estava construindo algo que seria capaz de romper os limites do Sistema Solar, não saberíamos onde essas sondas poderiam chegar. Ele ficou tão empolgado com a idéia de transformar uma sonda de mais de 250 quilos em um pombo-correio intergaláctico que encheu o saco da NASA até eles concordarem em deixá-los enviar alguma coisa. Ele chamou o astrônomo Frank Drake e a artista Linda Salzman para ajudarem. A agência deu a eles três semanas para fazer uma cartinha que fosse minimamente compreensível para qualquer ser dotado de alguma inteligência que, a despeito da raríssima possibilidade, interceptasse a nave.

Linda Salzman era esposa de Carl Sagan na época, numa evidente prática de nepotismo; e Frank Drake, além do nome de personagem da Marvel, era amigo e parceiro de Sagan em diversos projetos e é o cientista responsável por formular a “Equação de Drake”, uma conta probabilística que estima a quantidade de civilizações com capacidade e tecnologia de comunicação existentes na via láctea[3]Eu queria muito me estender sobre esta equação, porque ela é legal pra cacete; mas eu me contive e guardei os parágrafos para um futuro texto novo sobre o tamanho do Universo. A equação tá aqui, ó: https://www.seti.org/drake-equation-index.

O resultado, impresso em uma liga de alumínio anodizado em ouro de 15cm x 22cm, especialmente produzido para durar milhões de anos, é o seguinte:

Pioneer Plaque

Mesmo numa sociedade que se comunica unicamente através de emojis e figurinhas de WhatsApp como a que vivemos, analisar a mensagem não é algo trivial, mas é completamente possível, para formas de vida minimamente inteligentes[4]https://www.ceros.com/inspire/originals/pioneer-plaque-design/.

O item mais óbvio é o casal peladão em destaque. Sim, a primeira mensagem enviada para fora da nossa galáxia foi um nudes. Quando visitarem nosso planeta, ETs já seriam capazes de nos reconhecer como as criaturas dominantes e já sabem o movimento de braço ideal para fazer um high-five. Quem sabe eles param de abduzir inocentes vaquinhas em cidades do interior agora. Isso, claro, se eles não analisaram a placa em outra orientação e agora acham que somos seres rastejantes de 60 centímetros de altura e 1,80m de comprimento. Atrás do casal, uma representação gráfica da sonda para ajudar a desvendar a escala do ser humano médio.

A linha de baixo é o nosso endereço. Temos que torcer para que o Google Maps da sociedade espacial seja melhor que o nosso pra poder matar a charada que é óbvia para nós, que moramos aqui: estamos na terceira bola flutuante de distância da estrela gigantesca. As linhas em cada bolota são a distância do planeta em relação ao Sol, em números binários confusos para ser mais nerd, já que algarismos arábicos não iam significar nada mesmo.

O óbvio acaba aí, o resto depende da especulação do pessoal do Reddit lá dos outros planetas, mas dá pra entender se estudiosos quebrarem a cabeça nele o suficiente: o asterisco bagunçado é um mapa Universal de onde está nossa galáxia, com as marcações sendo a medição de distância em binários confusos. É um negócio chamado “mapa pulsar”. Um pulsar é uma estrela de nêutrons que emite pulsos magnéticos em períodos constantes e únicos. Há 14 linhas representando 14 estrelas e todas conectando com o Sol e é assim que os aliens encontrariam nosso sistema solar, numa espécie de CEP interestelar.

As duas bolotas no topo são a chave necessária para traduzir a charada. São representações do hidrogênio, o elemento mais abundante do Universo.

O detalhe é que cada átomo de hidrogênio está em um estado de energia (como é possível ver pela posição do elétron) e, portanto, a linha que conecta eles seria a transição de um estado para o outro. Essa transição gera uma radiação eletromagnética que é a base para todas as medidas da placa: é uma onda de aproximadamente 21 centímetros que seria a base para ser usada no símbolo 1 de todos os valores binários confusos da placa. Se corretamente decifrado, uma sociedade pode concluir que temos a matemática mais confusa do Universo e até vão preferir evitar nos visitar para não ter que trabalhar em problemas desse tipo.

Além de nossa posição geográfica, o cálculo das ondas eletromagnéticas do hidrogênio e dos pulsos das estrelas de nêutrons também são um indicativo da data que a sonda foi enviada. Isso é crucial, porque pode levar milhões de anos para alguém achar a mensagem.

A NASA encerrou os trabalhos com a Pioneer 11 em 1995. A missão da Pioneer 10 durou mais: foi encerrada em março de 1997, quando o sinal da sonda ficou tão fraco que se tornou muito difícil compreendê-lo. Mesmo assim, foi possível extrair dados coerentes de um sinal recebido em 2001, aplicando métodos tirados da Teoria do Caos para preencher as partes falhadas da recepção. O último sinal recebido da Pioneer 10 foi em 23 de janeiro de 2003 e na época a sonda estava a 12 bilhões de quilômetros da Terra. Uma última tentativa de contato foi feita em 4 de março de 2006, na última ocasião em que a antena da Pioneer estava alinhada com nosso planeta, mas nenhuma resposta foi obtida. Mesmo assim, 30 anos de uso não é nada mal para uma sonda que foi planejada para trabalhar por 21 meses[5]https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2001/ast03may_1/, bem que minha mãe fala que antigamente eles faziam as coisas pra durar.

Lançamento literal de discos

A NASA, como qualquer criança que cresceu vendo a Xuxa sair de um disco voador e cair numa montanha de cartinhas, adorou esse negócio de mandar correspondência pro espaço. Para as sondas Voyager, destinadas a alcançar lugares onde nenhum ser humano audaciosamente jamais esteve, ela chamou de novo Carl Sagan e deu a ele mais tempo e liberdade para preparar a próxima mensagem. A Voyager 2 foi lançada em 20 de agosto de 1977. A Voyager 1 em 5 de setembro do mesmo ano. Espaço é assim mesmo: a numeração é toda bagunçada, não à toa que Star Wars começa no filme 4.

Sagan trabalhou por um ano como chefe de um comitê da Universidade de Cornell, destinado a construir um mini-guia do nosso planeta, tornando-o oficialmente o primeiro enciclopedista do Guia do Mochileiro das Galáxias, pode-se dizer. O resultado, mais do que uma simples imagem, foi um disco de LP feito de alumínio e ouro, contendo saudações em 55 línguas diferentes (incluindo português, para o caso daquela regrinha de “sempre tem um brasileiro” valer também para outras galáxias), diversos sons como latidos de cachorro, coaxar de um sapo, buzina de navio, uma baleia falando baleiês, e sons de chimpanzés, elefantes e pássaros – alguns dos exemplos estão disponibilizados pela NASA aqui. E é claro, sendo um LP, tem músicas: Bach, Beethoven e a intergalática “Johnny B. Goode”, de Chuck Berry.

Infelizmente a comunicação espacial não é tão simples quanto meter um disco numa nave e torcer para que alienígenas coloquem o negócio para tocar na vitrola mais próxima, então instruções de como tirar som de uma placa de alumínio foram anexadas na capa do disco, deixando ele com o estilão que marcaria as capas dos álbuns da década de 80:

As placas enviadas com a Pioneer realmente deixaram o time de comunicação alienígena americano bem ousado. Requer uma certa quantia de boa vontade acreditar que qualquer pessoa que nunca viu um LP tocando na vida vai conseguir montar um aparelho e tocar um disco usando apenas as instruções apresentadas, mas valeu a tentativa:

Começando dos dois itens de baixo, que já são conhecidos: o CEP da nossa galáxia usando o mapa pulsar de 14 linhas e os dois átomos de hidrogênio definindo o valor temporal e métrico para o restante das ilustrações.

Acima, do lado esquerdo, as duas imagens ensinam como tocar o disco – o carrinho que aparece no desenho para ser passado pelo LP foi enviado junto com a nave. Os dois desenhos mostram o disco visto de cima e de frente, e as marcações são valores em binário confuso (aquele usando os átomos de hidrogênio como chave) para assinalar a velocidade de rotação do disco. São esses desenhos que provavelmente também serviram de inspiração para a produção dos manuais de instruções da IKEA.

Mas colocar o disco para tocar é só metade do caminho para extraterrestres. Isso porque, além de cerca de uma hora de músicas e saudações terráqueas, o disco também contém 115 imagens[6]https://voyager.jpl.nasa.gov/galleries/images-on-the-golden-record/ codificadas de forma analógica em formato sonoro. São imagens de carros, prédios, animais, ilhas, moléculas químicas e, é claro, seres humanos – mas dessa vez vestidos, já que a NASA foi supostamente criticada por colocar imagem de gente pelada em uma mensagem que poderia ser interceptada por crianças alienígenas.

Como decodificar essas imagens é o que ensina as duas ilustrações do lado direito, o manual mais complexo e mais simplificado de como converter ondas sonoras em imagens. A explicação é mais confusa do que Tiago Leifert detalhando o funcionamento das provas do BBB: Primeiro temos o desenho das ondas e o tempo de cada intervalo de pico/vale em binário confuso. Logo abaixo, o retângulo com as linhas se aglomerando indicam a direção de posicionamento das ondas (de cima para baixo, da esquerda para a direita) para formar a imagem. Se corretamente decodificado, o primeiro resultado será um círculo (que é a imagem de baixo).

círculo obtido pelo meu próprio algoritmo

Como eu não tenho um pingo de amor próprio e o menor respeito pelo meu tempo livre, chafurdei minha fuça em códigos python e tratamentos de ondas de som para ver se conseguia tirar as imagens dos áudios enviados na Voyager. Foi uma tarefa de programação extremamente complexa e maçante, praticamente impossível de converter em um texto pseudo-científico até mesmo para este blog aqui. Mas, para quem gosta de programação e tem interesse em ver o código e o procedimento detalhado, pode conferir neste repositório de github

O resultado é satisfatório o suficiente para que eu entendesse como funciona o processo todo, mas dificilmente me daria uma nota 10 em um trabalho de graduação (estou inclusive mandando o projeto final para o meu antigo orientador e aguardo seu parecer).

Excluindo-se a parte extremamente nerd envolvendo contas matemáticas de ondas sonoras e loops gigantescos, alguns dos resultados estão a seguir:

Eu não sou o mais inteligente dos programadores – entre deixar o código engraçado ou performático eu sempre escolho a primeira opção -, mas é evidente que mesmo para programadores experientes, extrair essas imagens não é uma tarefa trivial. E isso quase 45 anos depois que os gênios da NASA criaram esses algoritmos na mão: hoje, mesmo fazendo uso de ferramentas que facilmente convertem o som em ondas sonoras, as ondas em números, e os números em pixels, não foi nada fácil tirar imagens dos sons.

Parece difícil aceitar que aliens eventualmente seriam capazes de fazer esse trabalho todo só olhando essa imagem, mas se civilizações extraterrestres forem tão inteligentes e organizadas quanto gostamos de pensar, é plausível. Menos plausível é a idéia de que a sonda seria interceptada por ETs. O mais provável é que ela vagueie pelo espaço por milhões e milhões de anos e jamais cruze com qualquer outra forma de vida.

Loucuras de amor

Se acontecer o improvável, os discos da Voyager forem encontrados, os chiados forem transformados em imagem e a vida no nosso planeta for estudada por outras civilizações espaciais, há uma última mensagem que nem nós seríamos capazes de decifrar com nossa tecnologia atual. Por volta do minuto 20, perdido entre diversos sons, há um chiado incompreensível que pode muito bem ser confundido com alguma falha de gravação:

O som são ondas cerebrais, um eletroencefalograma convertido em som:

Essa é a análise do cérebro de Ann Druyan, uma das cientistas que faziam parte do time que estava compilando material para criar o disco de ouro. A idéia de colocar ondas cerebrais no disco foi da própria Ann – se houver alguma chance de uma tecnologia ainda desconhecida por nós ser capaz de recuperar ondas de pensamentos e convertê-las em algo legível, esses pensamentos seriam um dos materiais mais importantes para entender a vida humana na terra.

Gravado em 3 de junho de 1977, Ann fez um pequeno roteiro para guiar seus pensamentos: pela filosofia e história da humanidade, por tudo que somos e desejamos ser. Mas dois dias antes do exame cerebral, Ann Druyan e Carl Sagan ficaram noivos. Os pensamentos de Ann facilmente se desviaram para o mais puro amor, pela imensa paixão que ela sentia por Carl Sagan. Se em algum momento for possível converter essas mensagens cerebrais em pensamentos ou emoções, o resultado seria uma das mais belas declarações de amor já feitas.

É uma mensagem gravada em um disco de ouro produzido para durar milhões de anos e enviado ao espaço sideral, destinada a atingir o desconhecido e chegar onde nenhum ser humano jamais chegará. É a versão mais nerd, duradoura e de maior alcance possível daqueles carros de som com declarações de amor que o Gugu mandava na casa de casais. Belo e poético.

Ann Druyan e Carl Sagan se casaram em 1981 e ficaram juntos até a morte de Sagan, em 20 de dezembro de 1996. Ambos cientistas céticos, Druyan declarou posteriormente em uma entrevista:

“Quando meu marido morreu, ele era tão famoso e conhecido por não ser um crente, que muitas pessoas vinham até mim – e isso ainda acontece às vezes – e perguntavam se no final da vida Carl mudou e se converteu a acreditar em uma vida após a morte. Também me perguntam frequentemente se eu acho que o verei novamente. Carl encarou sua morte com uma coragem inabalável e nunca buscou refúgio em ilusões. A tragédia era que nós sabíamos que nunca nos veríamos novamente. Eu não espero jamais me reunir com Carl. Mas, a coisa maravilhosa é que, quando estávamos juntos por quase vinte anos, nós vivemos com uma vívida apreciação de quão bela e preciosa a vida é. Nunca banalizamos o significado da morte fingindo que era qualquer outra coisa que não uma despedida final. Cada momento que nós estivemos vivos e juntos era milagroso – não no sentido de inexplicável ou sobrenatural. Nós sabíamos que éramos agraciados com o acaso… Essa chance pura que podia ser tão generosa e gentil… Que pudemos nos encontrar um ao outro, como Carl lindamente escreveu em Cosmos, na vastidão do espaço e na imensidão do tempo… Que nós pudemos ficar juntos por vinte anos. Isso é algo que me sustenta e é tão mais significativo… A forma como ele me tratava e como eu o tratei, como cuidávamos um do outro e de nossa família enquanto ele viveu. Isso é tão mais importante do que a idéia que eu vou vê-lo novamente algum dia. Eu não acho que eu jamais verei Carl novamente. Mas eu o vi. Nós vimos um ao outro. Nós nos encontramos no cosmos e isso foi maravilhoso.”

~ Ann Druyan[7]https://www.goodreads.com/quotes/506561-when-my-author-husband-10538-died-because-he-was-so-famous-and

Para disfarçar essas lágrimas aí e acompanhar onde estão as sondas Voyager neste exato minuto, a NASA tem um sitezinho legal: https://voyager.jpl.nasa.gov/mission/status/

Fontes e referências

Fontes e referências
1 https://nightsky.jpl.nasa.gov/news-display.cfm?News_ID=573
2 curiosidade: desde que foi descoberto, Plutão ainda não conseguiu terminar uma volta sequer em torno do Sol. Deixa ele, coitado, cada um vai no seu tempo.
3 Eu queria muito me estender sobre esta equação, porque ela é legal pra cacete; mas eu me contive e guardei os parágrafos para um futuro texto novo sobre o tamanho do Universo. A equação tá aqui, ó: https://www.seti.org/drake-equation-index
4 https://www.ceros.com/inspire/originals/pioneer-plaque-design/
5 https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2001/ast03may_1/
6 https://voyager.jpl.nasa.gov/galleries/images-on-the-golden-record/
7 https://www.goodreads.com/quotes/506561-when-my-author-husband-10538-died-because-he-was-so-famous-and